quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DEPOIMENTOS DE MULHERES COM TAB



“Lembro quando eu estava na fase maníaca, tinha um raciocínio extraordinário, uma criatividade assustadora e era capaz de fazer mil coisas ao mesmo tempo. E pior, era admirada e tinha até inimigos invejosos! Eu era incansável, cheguei a ganhar mais de 10 mil reais ao mês devido as minhas horas extras. Comprei um carro zero e um apartamento à vista. Aí veio a depressão e fui demitida.Hoje estou aqui, com tremores e muito deprimida, esperando a nova medicação agir. Mas eu fecho os olhos e reflito: "eu, ainda prefiro a verdade, não quero a mentira. Se a minha verdade é uma personalidade oprimida e melancólica, deixo essa depressão vir à tona, para que eu possa entender as minhas aflições e perdoar-me, deixando-me livre para viver." Diz Victória, 28 anos.”.


Lorenza, 27 anos, diz que ainda sente muito o desejo de não dormir – faz qualquer coisa para não dormir e tem todos os sintomas .
“ Ainda me sinto um pouco agressiva na hora de expressar meus pensamentos para as pessoas. Não sei se isso faz parte da minha personalidade ou se é ainda sintoma da doença. Ela não tem cura, eu sei, e isso é o que dói mais.”

Um comentário:

Luiz disse...


Em setembro de 2016 comecei a namorar com uma pessoa. Foi muito intenso ao ponto de ir morar com ela. Depois de um mês ela me falou que tinha TAB, que tomava remédios controlados e que havia mentido a idade. Não achei que era grave pois nosso relacionamento era maravilhoso. Houve uma discussão por causa das filhas dela e tudo mudou. Ela começou a falar e fazer coisas sem nexo, fiquei preocupado e tentei conversar. Quanto mais perto do problema eu tentava chegar, mais distante ela ficava. Perdi a paciência em alguns momentos, mas sempre tentando ajudar. Para resumir em um dia ela falou que me amava muito e no dia seguinte não quis mais falar comigo e está assim já faz um mês que não consigo falar com ela, voltei para casa e ela apagou tudo sobre nós nas redes sociais, não fala mais com os amigos. Fiquei com a sensação de não ter feito a coisa certa e que provavelmente nunca mais a verei. Apenas gostaria saber como posso ajudar.
luiz.zerbine@gmail.com