terça-feira, 28 de outubro de 2008

ADMINISTRAÇÃO COM PÉ DE CABRA.

27 de outubro de 2008 - O governo federal resolveu abrir o cofre na semana passada, em mais alguns passos para dar liquidez ao mercado, muito nervoso. O segredo foi aberto em etapas. Primeiro veio o anúncio de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faria aportes no setor de construção civil da ordem de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, como forma de garantir a expansão e a atividade na área residencial — altamente geradora de empregos e dividendos políticos.

A segunda abertura do cofre foi feita com um pé-de-cabra, sem cerimônias, com medida provisória publicada no Diário Oficial da União. Nada de anúncio prévio ou explicações. Apenas o preto no branco. A MP habilita o Banco do Brasil a investir em participações acionárias de outras instituições financeiras, fundos de pensão, além de empresas de capitalização e previdência. A aquisição pode ser total ou parcial. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há bancos em dificuldade. Que a MP é preventiva. E que não há motivos para pânico.

Outro ponto fundamental da MP 443 é a possibilidade de a Caixa Econômica Federal comprar partes ou o controle de construtoras, por meio da recém-criada CaixaPar. Faltou dizer para o cidadão comum e para os interessados como se darão essas aquisições, tanto de construtoras como de bancos. Nada ficou claro na semana passada.
Muita coisa ainda está sem explicação.

Klaus Kleber

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