terça-feira, 28 de outubro de 2008

COM TANTA TERRA......O QUÊ É ISSO COMPANHEIRO ?VAMOS DIVIDIR.



Sem ter para onde ir, cerca de 30 famílias que residiam na Vila Luci, zona Sudeste de Teresina, e que estão abrigados na Associação de Moradores da Vila Coronel Carlos Falcão e em um prédio da Policia Militar estão denunciando que a Prefeitura de Teresina deu um prazo de 20 dias para que os mesmo voltem as suas casas que no período da chuva foram inundadas pelas águas de uma lagoa da região.
Os moradores disseram à reportagem do Portal AZ que a prefeitura vai ter que chamar a policia para colocar eles para fora, pois a mesma tinha se comprometido a dar um terreno em uma área que não seja de risco. “Quando é no período das cheias eles prometem tudo para aparecer bem na mídia, mas agora que a mídia já nos tirou de cena eles querem fazer o que querem com a gente”, diz a desabrigada Raquel Araújo.

A reportagem do Portal AZ foi até o local onde as famílias residiam e nas fotos abaixo pode se observar que muitas casas estão caídas e não existe nenhum tipo de saneamento básico para que os mesmos possam voltar a residir no local.

Raquel Araújo afirmou também que a prefeitura está oferecendo um 'kit taipa' que é composto por madeira e telha, mas mesmo assim o kit ainda não foi colocado à disposição dos moradores. Ela afirma ainda que muitas famílias estão pedindo esmolas nas ruas pelo fato de muitas delas não terem condições de comprar alimentos para a família, como é o caso da filha da dona Digleuma Sousa, de 39 anos, que vê a sua filha de 19 anos ter que ir pedir esmolas todos os dias nas ruas para poder alimentar sua neta. “Todos os dia observamos na televisão que são liberadas cestas básicas para vários locais, mas até agora só fomos atendidos uma única vez”, revela Digleuma Sousa.

Na sede da Associação que foi improvisada para receber as dez famílias, muitas crianças estão com diarréia e outras já contraíram o vírus da dengue devido à falta de higiene no local. “Têm gente da prefeitura que chama a gente de porcos, mas como podemos manter a higiene em um local que só tem uma torneira e um banheiro para cerca de 50 pessoas”, diz Tereza Pereira.

Tereza Pereira que durante nossa reportagem chorou muito disse que nunca imaginava que teria que morar dentro de um banheiro. “Minha situação é triste vivo dentro deste banheiro e durmo em um colchão velho cheio de insetos”, diz Tereza Pereira de 61 anos.

Alem de Tereza, outras pessoas também estão morando em pequenos cômodos improvisados. Alem de prometerem resistência às suas retiradas do local, as famílias prometem que irão fazer um panelaço em frente à SDU/Sudeste se a mesma quiser insistir em mandar as famílias de volta para a área de risco, informam os desabrigados.

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