terça-feira, 21 de outubro de 2008

ARMADILHA POÉTICA :Do século XII à Modernidade

O gênero funk, de raízes africanas e estadunidenses, foi difundido principalmente na cidade do Rio de Janeiro e pertence a nova classe musical brasileira. Este novo gênero é um retrato da sociedade – não só de baixa renda, visto que os “bailes funk” são freqüentados majoritariamente por pessoas de classe média alta – que nos obriga a pensar que tipo de educação e cultura estamos recebendo e doando.

Em 2006, o cantor e compositor Chico Buarque, consagrado no meio artístico, lançou o cd “Carioca”, sendo que a primeira música, Subúrbio, possui o seguinte refrão:

Lá não tem claro-escuro
A luz é dura
A chapa é quente
Que futuro tem
Aquela gente toda
Perdido em ti
Eu ando em roda
É fim de linha
É lenha, é fogo, é foda.
[...]
O autor utiliza-se do linguajar típico dos freqüentadores de “bailes funk” para compor o cenário musical vigente no Rio de Janeiro, deixando explicita a influência do funk atualmente. É realmente preocupante. A reforma educacional é mais urgente do que imaginamos, pois engloba ainda uma reforma cultural, onde até mesmo estruturas familiares devem ser repensadas. Não é “engraçadinho” ver uma criança cantando um refrão de funk ou “dançando na boca da garrafa”.

Portanto, nota-se a grande semelhança entre o Trovadorismo e o funk, prevendo-se que, futuramente, o estudo do segundo será obrigatório em classe assim como hoje se estuda o Trovadorismo com afinco. E como futura educadora, espero que seja feita justiça; deixemos o funk para ser estudado daqui a 900 anos também.

Nenhum comentário: